quinta-feira, 4 de março de 2010

Hoje há greve



A Função Pública está em greve.

Esta greve é contra o congelamento salarial, o agravamento das penalizações das reformas antecipadas, questões relacionadas com as carreiras e com o sistema de avaliação.

Embora o sector dos transportes não tenha aderido à greve, é mais que provável que as crianças possam encontrar um cadeado nas portas das escolas.

Os tempos de espera deverão multiplicar-se nos hospitais e é de esperar o cancelamento de intervenções menos urgente nos estabelecimentos de saúde públicos.

Os tribunais, repartições de finanças, alfândegas, serviços de recolha de lixo, também irão paralisar em cerca de 90% dos seus serviços.

A greve é um direito dos trabalhadores adquirida logo após o 25 de Abril como forma de luta para reivindicarem as suas condições de trabalho ou a melhoria dos seus salários.


À semelhança do que aconteceu há cerca de 35 anos, em que as greves se multiplicavam sucessivamente, o mesmo acontece hoje.

Naquele tempo, estudava eu em Torres Novas.

O mesmo acontece ao meu filho mais novo, o Pedro Miguel.

No meu tempo, sempre que se anunciava uma greve, aqui ficava eu naquele dilema sem saber se deveria ir ou não, pois havia sempre um ou outro professor fura-greves.

Caso o pessoal auxiliar, da cantina, papelaria ou do bar façam greve, então não haverá condições para o bom funcionamento da escola e não haverá aulas.

A minha opinião, é o meu miúdo ficar em casa sossegado (tal como eu o fazia naquele tempo) a recuperar do sono, já que todos os dias se levanta às seis da manhã, para apanhar o autocarro das sete e quinze.

E que bem sabe dormir a manhã na cama.

Para o seu (dele) e vosso bem-estar, façam greve.

O corpo e a mente agradecem.

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