Ontem, na minha habitual volta do negócio, num recebimento, quis perdoar 0.20€ (vinte cêntimos) a um meu revendedor.
Homem recto, e de boas contas, logo me disse que nem pensar, que contas são contas.
Vinte cêntimos, os antigos quarenta escudos, era o que podia valer, há cerca de quarenta anos, uma simples panela de alumínio.
Vem isto a propósito de uma história que me contou ontem a minha mãe.
Havia aqui na Chamusca um médico que tinha como moço de recados um homem conhecido pelo Joaquim do Belenenses.
O Joaquim a dada altura, necessitando de uma panela, visitou uma loja e logo adquiriu a preciosa panela, dizendo ao proprietário da loja que, logo que lhe fosse possível a pagaria.
Um dia acometido de grave doença, o Joaquim do Belenenses teve de ser hospitalizado, e no leito de morte agonizava, balbuciando e repetindo apenas uma palavra: a divida, a divida.
As auxiliadoras do hospital, ao ver o sofrimento e a ansiedade do velho Joaquim, logo se puseram em campo, perguntando a vários comerciantes se o Joaquim tinha para com eles alguma divida.
Todos disseram que não.
Certo dia, uma dessas senhoras do pessoal auxiliar foi à dita loja comprar lixívia e, naturalmente, fez a conversa da divida do perturbado Joaquim do Belenenses.
O comerciante, ao ouvir aquela conversa, logo lhe replicou:
Diga lá ao Joaquim que pode ficar descansado, pois a divida está saldada.
A senhora, ao regressar ao Hospital, e abeirando-se do Joaquim, logo lhe perguntou se a divida que tinha era para com o Alfredo?
-Sim, sim... respondeu com voz muito fraquinha o Joaquim.
-Pois pode ficar em Paz que ele perdoa-lhe a divida.
E dito isto, o Joaquim esboçou um ligeiro sorriso,fechou os olhos e partiu para sempre da vida terrena com a alma sossegada.
Naquele tempo uma divida, dos actuais vinte cêntimos, dos tais quarenta escudos, era motivo de preocupação para gente honesta.
Homem recto, e de boas contas, logo me disse que nem pensar, que contas são contas.
Vinte cêntimos, os antigos quarenta escudos, era o que podia valer, há cerca de quarenta anos, uma simples panela de alumínio.
Vem isto a propósito de uma história que me contou ontem a minha mãe.
Havia aqui na Chamusca um médico que tinha como moço de recados um homem conhecido pelo Joaquim do Belenenses.
O Joaquim a dada altura, necessitando de uma panela, visitou uma loja e logo adquiriu a preciosa panela, dizendo ao proprietário da loja que, logo que lhe fosse possível a pagaria.
Um dia acometido de grave doença, o Joaquim do Belenenses teve de ser hospitalizado, e no leito de morte agonizava, balbuciando e repetindo apenas uma palavra: a divida, a divida.
As auxiliadoras do hospital, ao ver o sofrimento e a ansiedade do velho Joaquim, logo se puseram em campo, perguntando a vários comerciantes se o Joaquim tinha para com eles alguma divida.
Todos disseram que não.
Certo dia, uma dessas senhoras do pessoal auxiliar foi à dita loja comprar lixívia e, naturalmente, fez a conversa da divida do perturbado Joaquim do Belenenses.
O comerciante, ao ouvir aquela conversa, logo lhe replicou:
Diga lá ao Joaquim que pode ficar descansado, pois a divida está saldada.
A senhora, ao regressar ao Hospital, e abeirando-se do Joaquim, logo lhe perguntou se a divida que tinha era para com o Alfredo?
-Sim, sim... respondeu com voz muito fraquinha o Joaquim.
-Pois pode ficar em Paz que ele perdoa-lhe a divida.
E dito isto, o Joaquim esboçou um ligeiro sorriso,fechou os olhos e partiu para sempre da vida terrena com a alma sossegada.
Naquele tempo uma divida, dos actuais vinte cêntimos, dos tais quarenta escudos, era motivo de preocupação para gente honesta.
Pois era meu caro amigo Raul.
ResponderEliminarHavia gente de Honra em que a palavra valia Milhões.