domingo, 12 de fevereiro de 2012

Morreu a cantora Whitney Houston, a rainha dos prémios



Morreu a cantora e actriz americana Whitney Houston. De acordo com a polícia de Beverly Hills, a morte da cantora foi declarada às 3h55 (23h55 em Lisboa) e o corpo foi encontrado num quarto do Beverly Hilton Hotel, em Beverly Hills.
Houston, que tinha tinha 48 anos, alcançou fama planetária no final dos anos 80 e início da década de 90 sobretudo por causa do filme “O Guarda-Costas” (1992), onde interpretou o papel de uma estrela do mundo da música e contracenou com Kevin Costner. A banda sonora do filme, cuja interpretação também esteve a seu cargo, foi distinguida com um Grammy, prémio que recebeu várias vezes. A canção "I Will Always Love You", original de Dolly Parton, tornou-se no single com maior sucesso de vendas na história do rock. Foi uma das divas da indústria da música com vendas de discos a bater recordes e inúmeros concertos esgotados.

Whitney Houston foi ainda a primeira artista a colocar sete “singles” consecutivos no topo das vendas, segundo a imprensa especializada. Entre as suas canções mais conhecidas figuram “How Will I Know”, "I'm Every Woman" e “Saving all My Love for You”.

Para além da música e do estrelato alcançado com "O Guarda-Costas", Houston participou nos filmes "Waiting to Exhale" (1995), "The Preacher's Wife" (1996) e "Sparkle" (2012), longa-metragem inspirada na história das Supremes e remake do filme com o mesmo nome de 1976. Em "Sparkle", com estreia agendada para Agosto deste ano, Houston interpreta Emma/Effie, uma das três irmãs adolescentes do bairro de Harlem, Nova Iorque, que decidiram formar uma banda no final dos anos 50.

O primeiro disco da carreira, "Whitney Houston" (1985), vendeu 25 milhões de cópias. No total, Whitney Houston lançou sete álbuns e três bandas sonoras para filmes, registos que venderam mais de 200 milhões de cópias. Ganhou seis Grammys, 30 Billboard Awards, 22 American Music Awards e dois Emmys. Até 2010, somava 415 prémios de música, o que, segundo o livro dos recordes do Guiness, a transformam na artista mais premiada de sempre.

Nos últimos anos, a carreira de Whitney Houston foi marcada por actuações erráticas e a sua vida pessoal passou a ser notícia por causa de um casamento tumultuoso com o cantor Bobby Brown e também por causa da dependência do álcool e das drogas (confessou consumo de cocaína e marijuana). “O meu maior inimigo sou eu. Sou ao mesmo tempo o meu melhor amigo ou o meu pior inimigo”, disse em 2002 numa entrevista polémica à cadeia de televisão ABC, ao lado do marido Brown.

Em 2010, cancelou uma parte da sua tournée europeia e foi hospitalizada por causa de uma infecção respiratória. A sua última aparição pública aconteceu na quinta-feira à noite, altura em que entrou numa discoteca de Hollywood “desorientada”, segundo a cadeia de televisão ABC.

A origem familiar de Houston potenciou a ligação à música: era filha da cantora gospel Cissy Houston, prima da diva pop dos anos 60 e Dionne Warwick e afilhada da chamada da rainha da soul Aretha Franklin. Quando era pequena, cantou na igreja baptista e desde então não mais parou de surpreender com a sua voz potente a talhada para as notas altas. No início da carreira, chegou a fazer coro para Chaka Khan, Jermaine Jackson e outros músicos ao mesmo tempo que geria uma carreira como modelo. Por essa altura, Clive Davis, produtor e fundador de editoras como a Arista Records ou a J Records, assistiu a um concerto e ficou impressionado. “A primeira vez que a vi senti um enorme impacto”, lembrou ao programa "Good Morning America". Em 1983, assinou um contrato com a Arista por 20 anos.

Whitney Houston influenciou gerações de artistas, onde se contam nomes como Christina Aguilera ou Mariah Carey

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