terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

ANIVERSÁRIO DO BRUNO EM A-DOS-CUNHADOS

O Bruno, depois da visita que nos fez, logo nos convidou para a festa do seu 33º aniversário em A-dos-Cunhados, Torres Vedras.
Vamos conhecer em primeiro lugar a história desta freguesia do Concelho de Torres Vedras.


A freguesia de A-dos-Cunhados foi criada em 1581, por decisão de D. Jorge de Almeida, arcebispo de Lisboa (com o aval do Bispo de Targa) depois de, em 1572 ter autorizado a celebração de missas na capela (mais tarde igreja) que tinha sido começada dois anos antes “por decisão dos moradores dos cunhados e sobreiro curvo”.

O nome “A-dos-Cunhados” provem dos seus primeiros habitantes. Seriam estes três cunhados, que habitariam numa grande quinta, depois dividida. Mas segundo o discurso do Bispo já referido eram dois os cunhados e não três (“A Quinta dos Dos Cunhados”).

Se em 1527 se contavam apenas “vinte e sete vizinhos” na freguesia (que na época era formada por “Aldeia dos Cunhados, ditas do Sobreiro Curvo, Paradas e Póvoa, dita da Maceira e dita da Pai e Correia com casais”), em 2001 ja habitam mais de 6936 pessoas (e a freguesia era agora formada por A-dos-Cunhados, Boavista, Bombardeira, Brejenjas, Casais do Rego, Casais da Serpegeira, Casais Vale da Borra, Casal da Barreirinha, Casal da Carrasquinha, Casal da Popa, Casal da Portela, Casal de Serpa, Casal da Varzinha, Casal das Paradas, Casal de Além, Casal do Seixo, Casal dos Feros, Casal Figueira Velha, Casal Ventoso, Louribetão, Palhagueiras, Pinheiro Manso, Póvoa de Além, Póvoa de Penafirme, Praia da Vigia, Quinta da Piedade, Santa Cruz – Pisão, Sobreiro Curvo, Vale Janelas, Valongo).

A ocupação desta zona, que segundo sabemos aconteceu desde o chamado paleolítico Antigo, está infimamente ligada à fertilidade dos solos, principalmente os que envolvem as margens do rio Alcabrichel. Este lugar tornou-se vila em 21 de Junho de 1995.
A 1997 a Maceira é elevada a Freguesia, deixando, portanto, de pertencer à freguesia de A-dos-Cunhados.



“Convento velho” é o nome pelo qual se designam as ruínas do antigo convento que marcou profundamente a história de Penafirme. Segundo consta na tradição, o mosteiro foi construído neste local ermo de Penafirme devido aos constantes ataques que os monges sofriam dos muçulmanos da vila de Torres Vedras e que havia sido edificado em honra de Santa Rita (derivando talvez daí o nome da actual praia), sendo, Santo Ancieno, um eremita alemão da Ordem de Santo Agostinho, que fundou o convento, dedicando a Nossa Senhora da Graça, cerca do ano de 840.
Todavia, com o decorrer do tempo os efeitos provocados pela proximidade do mar e a movimentação das areias, obrigaram a construção de um novo convento, que veio a ser erguido um pouco mais afastado da praia. É este o actual convento novo, que se julga ter começado a sua construção no ano de 1547 e que terá sido concluído em 1639, sendo ainda melhorado ao longo da primeira metade do século XVIII. Por esta altura, o mosteiro era um reflexo da pobreza em que viviam os religiosos: era mais pequeno que um mosteiro de padres ca puchos com celas muito pequenas e tectos muito baixos, o claustro tinha um só andar, a igreja era pequena, e somente esta e a sacristia tinham cobertura. É então que em 1735 se dá a fundação da 3ª edificação, sob o impulso do provincial frei António de Sousa, da Casa de Távora.
Depois de 1755, após o terramoto e o maremoto, e com o avanço das águas provocado pelo mesmo, o convento acaba por sucumbir e torna-se inabitável. Houve a necessidade de se realizar uma reconstrução,pois o abalo de 1755 devastou o novo convento, sendo, assim, concluído em 1790. Mas ainda antes da sua conclusão, a comunidade dos frades foi viver para o novo mosteiro que também foi dedicado a Nossa Senhora da Graça.

Trata-se de edifício simples, de pobreza distinta, encontrando-se apenas algumas influências da arte barroca e do estilo Rococó do século XVIII na fachada da igreja e na porta do convento. A igreja é orientada, ou seja, dirigida para nascente, símbolo da esperança dos cristãos pelo advento do Sol Nascente que é Jesus. Em 1834, a extinção das ordens religiosas obrigou os frades a deixarem o convento e saírem do país, sendo o convento de Penafirme vendido em hasta pública, passando a sua posse por varias mãos, acabando por ficar o edifício ao abandono e o seu património sujeito a sucessivos saques.

Sabe-se que foram seus proprietários, entre outros, o Vice-almirante inglês Jorge Rosa Sertorius e José Avelino Nunes de Carvalho, negociante de Torres Vedras.

Mais tarde o edifício foi adquirido pelo pároco de A-dos-Cunhados José Jorge Fialho e no final dos anos 50 do séc. XX foi restaurado e aumentado com mais um andar com vista ao seu aproveitamento para a instalação de um seminário menor, respeitando as linhas arquitectónicas do edifício. Foi encerrado em 1975, pelas perseguições à Igreja surgidas pela Revolução do 25 de Abril de 1974.

Contudo, uns meses mais tarde, a população da Póvoa de Penafirme solicitou que as instalações do mesmo fossem aproveitadas para funcionar uma escola que servisse as áreas pedagógicas das freguesias da Silveira e A-dos-Cunhados. Em Outubro de 1975 o antigo seminário passou a funcionar como escola preparatória e secundária, através de um contrato de associação elaborado com o Ministério da Educação, com a designação de "Externato de Penafirme", sendo hoje uma das escolas mais prestigiadas deste concelho.

As Ruínas do Convento de Penafirme foi classificado pelo IPPAR na categoria de Arquitectura Religiosa e tipologia Convento através de 2 decretos: o decreto 29/90, DR 163 de 17 de Julho de 1990 e o decreto 45/93, DR 280 de 30 de Novembro de 1993.


Vamos então á nossa história. Sábado, 18 Fevereiro, por volta das 18 horas iniciámos viagem até A-dos Cunhados. Aí nos iam esperar a Sónia e o Bruno em casa dos pais da Sónia, Isidro e Gabriela, ambos atarefados, respectivamente, no churrasco e na confecção da sopa e dos bolos.
Os convivas foram chegando. Celestino e Mário, sogro e genro, e as suas esposas Adélia e Sónia. Os primos Rute e Rodrigo chegaram mais tarde, enquanto, em casa, esperavama ansiosamente pelo lauto jantar o Gonçalo, a Rita, o Rui e a Nélita.
Comeu-se bem e bebeu-se melhor em alegre cavaqueira e boa disposição. Eu acabei por dizer meia duzia de poesias e o Gonçalo, o caçula, cantou acompanhando-se á viola e contou algumas anedotas para final de festa. Quando olhámos para o relógio eram já duas da manhã.

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