quarta-feira, 7 de abril de 2010

A Crónica do Festival Taurino de Domingo de Páscoa na Praça de Toiros da Chamusca

A Praça de Toiros da Chamusca reabriu as suas portas para o recuperado Festival Taurino em Domingo de Páscoa.
Com tempo primaveril e convidativo, o público, apesar do preço um pouco elevado das entradas, preencheu cerca de um terço das bancadas, sabendo que as Galerias se encontravam fechadas.
Lidou-se um curro de novilhos da ganadaria de Prudêncio, escasso de presença, entre eles, um novilho, o quinto, de apresentação imprópria mesmo para um festival.
Deram jogo desigual, sobre o manso, destacando-se o saído em segundo lugar com melhores condições de lide.
Abriu a função Joaquim Bastinhas com lide alegre e movimentada como é seu timbre, com um inicio algo desacertado, mas recuperando na ferragem curta ao eleger os terrenos mais idóneos para a consumação das sortes. Terminou com o já habitual par a duas mãos a pedido do público.
Sónia Matias desaproveitou as boas condições do novilho que lhe coube em sorte. Deu mais importância aos momentos da cravagem que ao toureio propriamente dito. Faltou-lhe força e pontaria no momento da colocação de dois ferros que mancharam a sua, já pobre, actuação.
Tentou, com uma terceira montada, recuperar com a colocação de um ferro em sorte de violino e uma “rosa”, muito do agrado do conclave.
António Maria Brito Paes, teve azar com o seu lote. Um novilho manso, distraído, que buscou tábuas. Foram dele os dois melhores ferros da tarde, os segundo e terceiro curtos, aproveitando da melhor maneira os arreões de manso do oponente.
Marcos Bastinhas, à semelhança do seu progenitor, trouxe de novo a alegria e a exuberância, perante um novilho “pastueño”, de bastante temple, abusando dos ladeios em terrenos de dentro, sempre do agrado dos aficionados ao cavalo e à equitação.
Terminou em plano de euforia.
O praticante Tomás Pinto foi aquele que, em minha opinião, apresentou um toureio mais sério, elementar, procurando encaixar-se nas características do novilho, lidando-o em curto, interessando-o, deixando-o nos médios, para depois se deixar ver, partindo em sortes frontais e colocando com decisão e com rigor a ferragem da ordem. Um jovem a ter em conta.
O amador Mateus Prieto preferiu um labor mais de cariz popular, arrebatador, mas algo confuso. Sendo bastante jovem, tem um longo caminho a percorrer, mas não pode, nem deve, cair em exageros e procurar fazer o toureio fundamental, de verdade, para poder ganhar a confiança dos aficionados, senão habilita-se a ser, apenas, mais um.
No capitulo das pegas, mais por culpa dos elementos de caras, que propriamente dos novilhos, pegaram pelos Amadores da Chamusca, Ruben Giovetty à terceira tentativa e Luís Leitão apenas ao quarto encontro.
Pelo Aposento da Chamusca, pegaram João Rui salgueiro e Tiago Laranjinha às, segunda e terceira tentativas respectivamente.
Os forcados dos Académicos de Elvas, de cujos nomes não conseguimos saber, concretizaram, ambas as pegas de caras, ao primeiro intento, com relativa facilidade.

2 comentários:

  1. Podia pegar só 1 grupo mas n era a mesma coisa

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  2. QUEM SABE, SABE...
    APESAR DE JÁ NÃO SER AMANTE DE TOIRADAS, GOSTO DA MANEIRA AIROSA E VALENTE, COM QUE LIDAS COM AS PALAVRAS QUANDO FALAS DE TOIROS.

    A. LUZ

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