Já nos tinhamos encontrado em Sobral de Monte Agraço no jantar do Grupo de Forcados Amadores da Chamusca que decorreu após a corrida ali realizada em Setembro.
Não nos falámos, nem tão pouco fomos apresentados. Antes porém, numa corrida na Nazaré, questionámo-nos a quem teria sido brindada uma pega.
Viémos a saber que, a um pedido da Sónia ao cabo Nuno Marques, fosse brindada uma pega ao esposo, o Bruno.
Com a rede social do Facebook fomo-nos conhecendo e eis que a Sónia e o Bruno surpreenderam-nos com a sua presença no jantar de final de época do GFA da Chamusca. Partilhámos mesa, trocámos ideias e opiniões, fortalecemos laços de amizade, conjuntamente com o Francisco Neves e a Fernanda.
Desejosos de conhecer a Chamusca e o seu Concelho logo o Francisco se predispôs a colocar a sua casa á sua disposição para quando nos quisessem visitar.
A Sónia fez anos no dia 25 de Janeiro e o Bruno quis fazer-lhe uma surpresa: Uma Visita á Chamusca.
Na sexta-feira, 27 aqui estavam para jantar com alguns elementos do GFA da Chamusca e pessoas amigas onde lhe cantaram os Parabéns.
Sábado de manhã partida para a "Rota do Toiro" com passagens pelas Herdades do Carregal, Talasnas, onde conheceram o Sr. Manuel Veiga,Marmeleiro e o seu tentadero, visualizando os toiros no seu habitat natural,seguindo depois viagem pela Herdade de Martingil, passando por Chouto, Semideiro, Carregueira e visita ao Miradouro do Almourol.
Almoço em casa de Francisco Neves para á tarde, na biblioteca, assistirem a um evento cultural e, á hora certa, uma ida à Senhora do Pranto ver o pôr do sol.Jantámos um bacalhau á moda da Paula no "Porta Aberta" com o Francisco, a Fernanda, o Manuel Petisca e a Manela que entretanto entraram "apenas" para cumprimentar e aqui ficaram a jantar connosco.
Mais uma visita, a de João Chora.
No Domingo de manhã uma visita cultural e histórica à Vila da Chamusca com idas ao Miradouro da Senhora do Pranto, Senhor do Bonfim, beira Tejo e almoço, de novo, em casa do Francisco com, e como sempre, a simpatia da D. Gi (Judite Neves). Depois de almoço um espectáculo de Fado no Cine-Teatro da Misericórdia, "Mar de Tanto Amar" com Dora Maria e, para remate, um jantar na Taverna do Areal na maior das animações.
Um fim de semana em cheio que certamente perdurará na memória deste casal simpático que adorou conhecer a nossa Terra e as suas gentes.
Ficam aqui algumas imagens e os seus testemunhos.
À Descoberta da Chamusca…..
No nosso percurso de vida, penso que temos dois propósitos: aproveitar ao máximo tudo o que a vida nos oferece e cultivar afectos.
É por isso que dou tanto valor às pessoas que cruzam o meu caminho e me ajudam a ser a pessoa que sou.
E é nesse sentido que pretendo contar o meu fim-de-semana passado na linda vila de Chamusca porque a sua origem assenta nos afectos criados.
Após a amizade criada com os elementos e amigos do GFA Chamusca, uma visita à sua terra natal apresentava-se obrigatória.
O desejo era grande, os convites eram muitos e a ansiedade apertava. A oportunidade surgiu quando o meu marido resolveu preparar-me uma surpresa de aniversário. Sem meu conhecimento, como é de esperar numa surpresa, tudo foi preparado.
O que eu não sabia era que me esperava um fim-de-semana repleto de visitas guiadas com direito a guia turístico de alta qualidade pois não só conhecia a história da sua amada terra como a descrevia cheia de orgulho e paixão.
O fim-de-semana começou com um belo jantar de convívio com alguns elementos do grupo que mais uma vez mostraram a humildade, companheirismo e respeito pelo próximo que os caracteriza.
Junto à lareira, degustando uma bela jardineira confeccionada pela Dona Ricardina, lá estivemos todos em amena cavaqueira.
Foi rodeada de amigos que me cantaram de novo os parabéns e onde mais uma vez me senti em casa e preenchida emocionalmente (mal sabia eu o que me esperava).
A estadia foi na casa da Dona Gi, mãe do Francisco, que tão bem nos recebeu. Uma casa centenária repleta de memórias e afectos.
No dia seguinte, logo pela fresca esperava-nos o nosso “guia Turístico” para um começo de fim-de-semana repleto de ensinamentos e partilha.
O sol brilhava no céu limpo e azul convidando a um belo passeio.
Da charneca á lezíria lá fomos nós calcorreando estrada parando em pontos estratégicos que mereciam explicações históricas de grande exactidão e interesse. Ganadarias Veiga e Assunção Coimbra, toiros, vacas, bezerros, castelo de Almourol. Almoço delicioso na casa da Dona Gi com o Francisco e a Fernanda.
Evento na Biblioteca Municipal, Senhora do Pranto (o pôr do sol mais lindo que alguma vez presenciei).
Jantar animado e concorrido, ao som de boa música, na casa do Raul e da Paula com a presença do Francisco e da Fernanda e do maravilhoso casal Manuel e Manuela.
Noite descansada. Dia seguinte, Senhor do Bonfim, Edifício de São Francisco, história e estórias da vila, espectáculo de fado do Cineteatro (“Mar de Tanto Amar”, Dora Maria).
Para finalizar, um grande e animado jantar com os intervenientes do espectáculo.
O nosso muito obrigada por nos receberem e nos darem o prazer de partilhar momentos tão únicos como a união de amigos em torno do fado, da música criando pura arte de um simples trinado de uma guitarra portuguesa ou do som grave de um acordeão, bem como da voz dos fadistas que cantam com a alma na garganta e a saudade no coração.
Encontros inesperados com amigos (Paulo Redol e Joana Brito), visitas relâmpago a outros amigos (Maria João e Diana Marques), partilha de interesses e opiniões, fado e toiros.
Foram estes os temas que nos uniram mas é muito mais o que nos liga para o resto da vida.
Amizade sincera, entrega e generosidade de um altruísmo inigualável, bem receber, partilha de vivências e saberes, tudo o que nos torna melhores e justifica a nossa passagem pela vida.
Sem isto tudo, ela não passaria de um passeio egoísta e solitário, sem interesse, sem crescimento emocional.
Chegada a hora de regressar, a saudade já apertava.
Resta a certeza do retorno, a ânsia de novos momentos bem passados ao som de fado e falando da nossa cultura, de touros, touradas, fado, poesia.
Assim sendo, resta agradecer a todos os amigos que tão bem nos receberam, abrindo as portas de suas casas e dos seus corações.
Obrigada pelos presentes (físicos e emocionais) que me foram tão generosamente oferecidos.
Prometido ficou um aprofundado estudo e conhecimento das gentes desta vila, tendo desde já como certeza que a generosidade e bem receber são características bem marcadas.
Deste fim-de-semana restou a plenitude da alma, alma cheia de cultura, história, convívio, amizade, carinho.
Resta agradecer a todos os intervenientes que de uma forma mais ou menos activa o tornaram tão especial e inesquecível. Agora podem ficar com a certeza de ter ganho mais dois Chamusquenses, de coração pelo menos.
OBRIGADA!!:) Sónia
No dia 27 de Janeiro partimos
À Chamusca fomos ficar;
Eu e a Sónia um Fim-de-semana
Uma surpresa lhe quis dar.
Juntaram-se alguns amigos da Sónia
Para no “Vital” se jantar;
Desde amigos Chamusquenses;
E elementos da forcadagem;
Os parabéns lhe foram cantar.
Com o amigo Raul Caldeira,
As ganadarias fomos ver;
Tivemos todo o gosto
O Sr. Manuel Veiga conhecer.
A visita guiada no campo continuava
Na herdade do Eng. Rosa Rodrigues passámos;
Na de “Assunção Coimbra” toiros vimos no campo
Chegando ao miradouro do Almourol,
O Castelo, apreciámos.
À casa da família Neves chegámos
Para um almoço recheado;
Boa comida e bom vinho
Para mais tarde ser recordado.
À Nossa Senhora do Pranto
Virada ao Tejo fomos ver;
O Por do Sol fantástico
Lindo e único, até desaparecer.
Conhecemos a Biblioteca e a Igreja
No largo onde o amigo Caldeira cresceu;
O espectáculo foi-se assistir
Até à hora que o Por do Sol aconteceu.
À casa do amigo Raul passámos
Gosto teve para nos receber;
Aceitámos logo o convite
Para “Porta Aberta” ficarmos a conhecer
Prolongou-se noite fora
Com um jantar de enaltecer;
O entra e sai de gente amiga;
Para um pouco conviver.
À Ermida do Senhor do Bonfim
Paisagem bonita se consegue ver;
Vila da Chamusca e sua Lezíria
Orgulho que os chamusquenses podem ter.
João Joaquim Isidro dos Reis
Grande chamusquense que ficou para a história;
O obreiro da Ponte da Chamusca
No saber e do querer ficará para sempre a sua memória.
Para terminar quero deixar uma palavra de carinho, simpatia, e de agradecimento a todos os chamusquenses, pela amizade e simplesmente o facto de não haver hipocrisia e de terem sempre a porta de sua casa aberta, para receber o seu amigo.
O muito obrigado Chamusca…….venha vinho
BRUNO AUGUSTO
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