"Foi inaugurada no dia 14 de Maio, pelas 11h00, a nova Biblioteca Municipal da Chamusca Ruy Gomes da Silva, situada em pleno centro histórico, a nova valência propõe aliar o passado, presente no respeito da traça exterior do edifício, à contemporaneidade das suas paredes dinâmicas e assume-se como uma porta aberta para o mundo, equipada com os mais modernos recursos tecnológicos, substituindo o anterior espaço, exíguo e sem condições.
A Biblioteca Municipal dispõe dos habituais sectores de leitura diferenciados para adultos e crianças, de sala da hora do conto, de espaços vocacionados para a audição de música e visionamento de filmes e de acesso à Internet.
Com a abertura deste novo equipamento, pretende-se assinalar um novo ciclo da vida da Biblioteca Municipal e dos chamusquenses, convergindo para um espaço de cultura e de encontros, que se quer de todos e para todos. "
Não, não fui à inauguração e ainda só lá entrei apenas, e só, uma vez para entregar livro "Terceros Viajes con letra y Música" a pedido dos seus autores Angél Garcia Prieto e Miguel Angél Fernandez.
O que vi, confesso, gostei, embora reconheça algumas deficiências ao nível de sonorização.
Quanto ao nome que lhe deram, penso não estar adequado, com todo o respeito à memória histórica de Ruy Gomes da Silva, mas seria mais sensato, a meu ver, terem dado o nome de uma figura cultural, das muitas, da minha Terra.
Dou exemplos: Álvaro Fernandes do Amaral Netto, defensor acérrimo da sua Terra, regionalista, escritor e poeta que muito escreveu sobre a sua Terra e o seu Ribatejo; Maria Manuel Cid, figura incontornável da poesia Chamusquense e Ribatejana, poetisa das mais cantadas a nível nacional por imensos fadistas; João José Samouco da Fonseca, encenador, dramaturgo, poeta, publicista, autor da "História da Chamusca" em 4 volumes; ou então, simplesmente Biblioteca Pública Municipal "Poetas Chamusquenses" em homenagem a todos os que, um dia, tiveram a felicidade de escrever sobre o seu Torrão Natal.
Afinal, Ruy Gomes da Silva saiu da Chamusca com apenas oito ou nove anos de idade para Espanha e nunca mais voltou à sua Terra Natal.
Tendo sido figura histórica no País vizinho, conhecido como "Principe da Paz", não foi ele o fundador da vila (como erradamente se ouve no video aos 40'') mas influenciou na decisão, isso sim, de Chamusca e Ulme saírem do termo de Santarém, sendo elevadas a vilas.
Seria mais lógico, darem o nome de tão ilustre Chamusquense ao largo, fronteiriço á biblioteca, o qual ostenta o nome de Vasco da Gama, o grande navegador português que, segundo temos conhecimento, nada fez, directamente, em prol da Chamusca.
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