terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Faleceu Rosa Lobato Faria. Estamos mais pobres.


A actriz, escritora e compositora Rosa Lobato Faria, de 77 anos, morreu hoje depois de ter sido internada há uma semana com uma anemia grave num hospital privado de Lisboa.
A escritora (poetisa e romancista) e actriz nasceu em Lisboa em Abril de 1932. O seu primeiro romance, "O Pranto de Lúcifer", foi editado em 1995, mas publicara já antes vários volumes de poesia - como "Os Deuses de Pedra" (1983) ou "As Pequenas Palavras" (1987). O essencial da sua poesia está reunido no volume "Poemas Escolhidos e Dispersos" (1997). Em 1999, na ASA, publica "A Gaveta de Baixo", um longo poema inédito acompanhado por aguarelas do pintor Oliveira Tavares.
Rosa Lobato de Faria fez sucesso como actriz de teatro, cinema e televisão e como autora de canções. Quatro das suas letras venceram o Festival da Canção e foram à Eurovisão, e duas marcaram presença no Festival da OTI. No Festival Eurovisão estiveram presentes as músicas "Amor de Água Fresca", interpretada por Dina em 1992, "Chamar a Música", cantada por Sara Tavares, em 1994, "Baunilha e Chocolate", com voz de Tó Cruz, em 1995, e "Antes do Adeus", por Celia Lawson, em 1997. Ganhou ainda por duas vezes o prémio da Grande Marcha Popular de Lisboa, nas únicas vezes em que concorreu.
Rosa Lobato de Faria escreveu o argumento de duas telenovelas Passerelle (1987) , a meias com Ana Zanatti, para a RTP e Telhados de Vidro (1994), para a TVI. Escreveu também o guião de quatro séries de televisão, três da RTP- Nem o Pai Morre... (1987), Pisca-Pisca (1988) e Tudo ao Molho e Fé em Deus (1994)-, e uma da TVI, Trapos e Companhia (1995). Colaborou também em diversos programas do humorista Herman José, mais recentemente, protagonizou as séries humorísticas A Minha Sogra é uma Bruxa (2003) e Aqui Não Há Quem Viva (2006).
Já com uma longa carreira noutras áreas culturais, em 1995 estreia-se na escrita de romances com O Pranto de Lúcifer, seguindo-se, sucessivamente, Os Pássaros de Seda (1996), Os Três Casamentos de Camilla S. (1997), Romance de Cordélia (1998), O Prenúncio das Águas (1999), A Trança de Inês (2001), O Sétimo Véu (2003), Os Linhos da Avó (2004), A Flor do Sal (2005), A Alma Trocada (2007), A Estrela de Gonçalo Enes (2008) e As Esquinas do Tempo (2008).
Com O Prenúncio das Águas Rosa Lobato de Faria ganhou o Prémio Máxima de Literatura em 2000. Tem obras traduzidas em alemão e francês. Mas, para além do romance, a autora também publicou poesia, como a antologia Poemas Escolhidos e Dispersos (1997) e A Gaveta de Baixo (1999), um longo poema acompanhado por aguarelas de Oliveira Tavares, e Os Melhores Poemas Para Crescer (2007).
Em finais de 2002, estreou no teatro a peça Sete Anos, a primeira escrita por Rosa Lobato de Faria. Paralelamente a todas estas actividades, deu aulas de dicção na Universidade e ensinou Poesia Portuguesa num curso de formação de actores.

Como actriz, Lobato Faria integrou o elenco da primeira novela portuguesa, "Vila Faia" (1983), e trabalhou com Herman José em "Humor de Perdição" também como argumentista. Filmou com João Botelho ("Tráfico, de 1998, e "A Mulher Que Acreditava Ser Presidente dos Estados Unidos da América", de 2003). Foi também dirigida por Lauro António em "Paisagem Sem Barcos" (1983) e "O Vestido Cor de Fogo" (1986). Estreou-se como locutora na RTP na década de 1960.
Rosa Lobato Faria escreveu a letra do genérico de "Humor de Perdição", "Casino Royal" e de "Crime na Pensão Estrelinha", programas de Herman José passados na RTP1. Também letrou uma música composta por Herman José e que viria a dar o título à novela "Podia Acabar O Mundo" - a canção foi dedicada a Rosa Lobato Faria por Herman no dia do seu 62º aniversário.


FAZER UMA CANÇÃO COM OUTRO VISUAL
QUE TENHA O BOM SABOR DO AR DE PORTUGAL
QUE SEJA MUITO ALEGRE
QUE TENHA MUITO AMOR
MAR AZUL AO FUNDO
E LARANJAS EM FLOR
FAZER UMA CANÇÃO COM SETE NOTAS SÓ
FÁ SOL MI DÓ LÁ SOL FÁ SOL LÁ MI RÉ DÓ
PALAVRAS DOS POETAS
SAUDADE E CORAÇÃO
BATEU O SOL NAS TECLAS
NASCEU UMA CANÇÃO!
UM, DOIS, TRÊS
É UMA CANÇÃO DE GOSTAR
ESPALHA NO AR
UM CHEIRO BOM DE ALECRIM
CANTA NA CHUVA
NO REFRÃO SABE A UVAS
TEM SAUDADES E FALA
DO TEU CORPO E DE MIM
FAZER UMA CANÇÃO QUE É GIRA E SOA BEM
E DÁ VONTADE A TODOS DE A CANTAR TAMBÉM
PODE TER DA NOSSA TERRA
O BALOIÇAR DO TRIGO
E A CANDURA ETERNA
DE UM CANTAR DE AMIGO
UM, DOIS, TRÊS
É UMA CANÇÃO DE GOSTAR
ESPALHA NO AR
UM CHEIRO BOM DE ALECRIM
CANTA NA CHUVA
NO REFRÃO SABE A UVAS
TEM SAUDADES E FALA
DO TEU CORPO E DE MIM
É UMA CANÇÃO DE GOSTAR
ESPALHA NO AR
UM CHEIRO BOM DE ALECRIM
CANTA NA CHUVA
NO REFRÃO SABE A UVAS
TEM SAUDADES E FALA
DO TEU CORPO E DE MIM
UM, DOIS, TRÊS
É UMA CANÇÃO DE GOSTAR
ESPALHA NO AR
UM CHEIRO BOM DE ALECRIM
CANTA NA CHUVA
NO REFRÃO SABE A UVAS
TEM SAUDADES E FALA
DO TEU CORPO E DE MIM
Escreveu ainda dezenas de letras para canções, muitas delas para festivais da canção. Entre elas o conhecido "Chamar a Música", interpretado por Sara Tavares.



O Ministério da Cultura manifestou, em comunicado, "grande pesar pelo falecimento" da poetisa e romancista, destacando que "a actividade que desenvolveu na área da escrita, fundamentalmente como autora de romances, mas também de poemas, contos, peças de teatro, argumentos para televisão e letras de músicas e, ainda, como actriz em filmes e séries televisivas constituem um legado que atesta a sua criatividade e extrema sensibilidade e que perpetuará como fonte de inspiração para novas gerações".







Teremos de novo o lápis azul?


O JN (Jornal de Noticias)recusou publicar um texto de opinião de Mário Crespo.
Mário Crespo refere ter sido avisado no domingo à noite por José Leite Pereira, director do ‘JN’, de que o texto não sairia. 'Não publicar uma crónica é muito grave, e o conteúdo dessa crónica também é muito grave', nota o pivô da SIC Notícias, que deixa de colaborar com aquele diário.

O director do ‘JN’ remete para um comunicado em que explica que a crónica 'não era um simples texto de opinião, mas fazia referências a factos'.

As razões.
José Sócrates, Pedro Silva Pereira e Jorge Lacão encontraram Nuno Santos e Bárbara Guimarães, casada com o socialista Manuel Maria Carrilho, a terminar um almoço no Hotel Tivoli, em Lisboa. Enquanto circulavam à volta do buffet, José Sócrates e Nuno Santos falaram de Mário Crespo, jornalismo, política, do programa ‘Ídolos’ e até de férias. Enquanto trocavam palavras, alguém ouviu a conversa e transcreveu-a num e-mail, posteriormente enviado ao jornalista.

O Artigo
O Fim da LinhaMário Crespo
Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.

A raça lusitana em vias de extinção.


Para vos contar esta história terei de recuar cerca de 150 anos antes de Cristo. Por esses tempos Viriato tentava a todo o custo libertar-se do jugo Romano.
Certo, é que por este espaço geográfico, mais tarde transformado em condado, e logo após em Nação, por sinal a mais antiga da Europa com fronteiras definidas, passaram vários povos.
Godos, suevos, celtas, celtiberos, cartagineses… enfim um numero considerável de povos que deram azo aos Lusitanos.
Pensava ele, o Viriato, que poderia preservar uma raça única e distinta num espaço exclusivo, a Lusitânia. O Povo Lusitano.
Atraiçoado, foi barbaramente assassinado.
Mas não foi o único na nossa história. O Rei D. Carlos e seu filho D. Luís Filipe, Sidónio Pais, Humberto Delgado, Francisco de Sá Carneiro, foram, também, assassinados impediosamente.
Chega-nos agora um estudo efectuado no Algarve que cerca de 1/5 (um quinto) da população aí recém nascida é de origem estrangeira.
Em 2009 nasceram na região do Algarve 4.173 crianças, das quais 1.090 são filhas de mãe estrangeira.
Em 2008, nasceram na região do Algarve 4.804 crianças, sendo 1.139 filhas de mãe estrangeira, valores que superaram os atingidos em 2007.
As dez nacionalidades mais representativas, no ano de 2009, foram por ordem decrescente: brasileira (345); ucraniana (144); romena (137); moldava (109); inglesa (47); guineense (32); cabo-verdiana (25); chinesa (25); russa (23); alemã (19).
Isto só para falar no Algarve, não contando com o resto do nosso País.
Como sempre tenho dito, a história reescreve-se.
Acabará, daqui a alguns anos, a que era considerada, a raça lusitana.
A Miscigenação (a mistura de raças) será uma realidade e, provavelmente, lá terá de vir um novo Viriato que reponha a raça lusa e, com ela, este orgulho de sermos portugueses.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Rei Morto, Rei Posto




Manuel Maria Filipe Carlos Amélio Luís Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Eugénio de Saxe-Coburgo-Gota e Bragança foi o 36º e último Rei de Portugal.

D. Manuel II nasceu no Palácio de Belém, em Lisboa, cerca de dois meses depois da subida de seu pai ao trono de Portugal. Baptizado alguns dias depois, no mesmo Paço de Belém, teve por padrinho avô materno, o Conde de Paris, tendo participado na cerimónia o imperador do Brasil, D. Pedro II, deposto do seu trono exactamente no mesmo dia do seu nascimento. D. Manuel recebeu à nascença os títulos reais de Infante de Portugal e de Duque de Beja.


Teve o tratamento e a educação tradicionais dos filhos dos monarcas da sua época, embora sem preocupações políticas, dado ser o filho segundo do Rei e, como tal, não esperar um dia vir a ser rei.
Como tal, é de notar que durante a infância e juventude posava para os fotógrafos com uma atitude mais altiva que o irmão.
Este divertia-se com os tiques snobes do irmão mais novo, embora sempre tenham sido bons amigos.
Paradoxalmente, depois de subir inesperadamente ao trono, D. Manuel teve uma atitude oposta, afastando-se regularmente dos costumes protocolares: foi o primeiro Rei de Portugal a não dar a mão a beijar ao dignitários durante a cerimónia anual do Beija-mão Real, a 1 de Janeiro.




Aos seis anos já falava e escrevia em francês.
Estudou línguas, história e música.
Desde cedo se mostrou a sua inclinação pelos livros e pelo estudo, contrastando com o seu irmão, D. Luís Filipe, mais dado a actividades físicas.
Viajou em 1903 com a mãe, a Rainha Amélia de Orleães, e o irmão ao Egipto, no iate real Amélia, aprofundando assim os seus conhecimentos das civilizações antigas.
Em 1907 iniciou os seus estudos de preparação para ingresso na Escola Naval, preparando-se para seguir carreira na Marinha.

A sua futura carreira naval foi inesperadamente interrompida em 1 de Fevereiro de 1908, com o Regicídio de 1908.

O infante havia regressado a Lisboa (depois de ter estado alguns dias em Vila Viçosa, com toda a família) para se preparar para os exames da escola naval, tendo ido esperar os pais e o irmão ao Terreiro do Paço. Minutos depois deu-se o cruel atentado que vitimou o Rei e o Príncipe Real, sendo D. Manuel atingido no braço. Não se sabe se o alvo do atentado era o Rei D. Carlos ou o chefe do Governo de então, João Franco, que, após dissolver o Parlamento devido aos contínuos distúrbios provocados pelos republicanos e marcar novas eleições, ficou com a fama de ditador, que ainda hoje perdura.

O infante tornou-se assim Rei de Portugal. A sua primeira decisão consistiu em reunir o Conselho de Estado, a conselho do qual demitiu o Primeiro-Ministro João Franco, cuja política de força foi considerada responsável pela tragédia. Nomeou então um governo de acalmação partidária, presidido pelo Almirante Francisco Joaquim Ferreira do Amaral. Esta atitude acalmou momentaneamente os ânimos mas, em retrospectiva, acabou por enfraquecer a posição monárquica pois foi vista como fraqueza por parte dos republicanos.

Foi solenemente aclamado Rei na Assembleia de Cortes em 6 de Maio de 1908, perante os deputados da Nação, jurando cumprir a Carta Constitucional. D. Manuel manteve-se sempre fiel a este juramento mesmo quando, já no exílio, foi pressionado a apoiar outras formas de governo para uma possível restauração. O Rei auferiu, no início, uma simpatia generalizada devido à sua tenra idade (18 anos) e à forma trágica e sangrenta como alcançou o trono.









Os Grammys



Beyonce foi a grande vencedora da noite dos Grammys.
A cantora, de 28 anos, venceu seis das dez categorias para as quais tinha sido nomeada e conquistou o Grammy para melhor canção do ano com o "Single Ladies (Put a Ring On It).
Embora não seja grande apreciador deste tipo de música, devo confessar que reconheço em Beyonce alguns (bons) atributos.






No entanto, apesar de todo o reconhecimento pelo talento de Beyonce, a cantora foi quase ofuscada por Taylor Swift. A artista country tornou-se na mais jovem cantora a receber o Grammy para melhor álbum do ano, com apenas 20 anos.

Cavaco Alegre - Desemprego, Enfermeiros e Diversões nas ruas.


O fim-de-semana foi marcado essencialmente pelo inicio das comemorações dos cem anos de república, na cidade do Porto onde Cavaco Silva e Manuel Alegre, ambos em locais diferentes e com total falta de imaginação, para além de discursos de retórica, se repetiram em frases rebuscadas a escritores famosos.
No meio de tanto cacarejar aí estão dois galos para um poleiro.

No rectângulo habitacional as coisas estão cada vez mais escuras.
O desemprego atinge novos recordes.
Os enfermeiros tentam dar uma injecção na crise manifestando-se.





Em marcha lenta, (a subir e a descer, parecem carrosséis) a malta da diversão, não se diverte mas protesta.



No jogo da redondinha o FCP aproveitou o vermelho a um nacionalista para um passeio na Madeira.
O Sporting de Portugal viu o de Braga por um canudo e, cada vez, mais longe.
Afonso Henriques, o Conquistador, desta feita não conquistou Lisboa e a vitória (não a águia) foi mesmo graças a um Martins (não o Moniz) que não se deixou entalar na porta, mas que acabou por ser herói e mártir.


1 de Fevereiro. Portugal de Luto!


Teve lugar este fim-de-semana, na mui nobre e Invicta cidade do Porto, o inicio das comemorações da Imposição da República.
Comemorar cem anos de um modelo de estado que nasceu de uma revolução com base no assassínio, de um crime hediondo, de um Rei, Chefe de Estado, e de seu filho.
Em 100 anos de República, 16 foram de Anarquia, 48 de Ditadura e 35 de Irresponsabilidade.

De que se poderão orgulhar os republicanos?
Do assassínio de Sidónio Pais?
O seu assassinato marca definitivamente a 1ª República e condiciona radicalmente a sua evolução.
A 2ª República, repete a prática do assassinato, sendo o mais conhecido o do General Humberto Delgado.
A 3ª República mantém a prática com Camarate e a morte de Sá Carneiro .
As datas das mortes destes líderes populares, destes agentes da mudança ansiada, não são dignificantes para o regime auto-instituído e usurpador, apesar de representarem uma prática de actuação que foi uma constante e de serem momentos determinantes da história dos últimos cem anos.
Perguntamos:
Os portugueses e portuguesas apoiaram inequivocamente em 1910 a implantação da República?
Os factos acontecidos posteriormente confirmam que não.
As Forças Armadas Portuguesas apoiaram este golpe?
A fazer fé nas acções verificadas ao tempo, decididamente não.
Os países estrangeiros reconheceram de imediato este Regime?
Não.
Logo, a auto proclamação e a auto instituição da República foi um acto ilegal, imposto pelo terror e contra a vontade do povo, levado a efeito pelo Partido Republicano com o apoio, entre outros, dos seus aliados naturais, entre os quais destacamos: a carbonária, a maçonaria, os anarquistas e socialistas.
Concluímos e à luz do Direito internacional poderemos encontrar razões que apoiam a nossa teses de que em Portugal, a República usurpou o Poder e sequestrou e aterrorizou tudo e todos para a sua manutenção, pelo que e deste modo afirmamos a nossa convicção que o actual Regime Republicano não tem legitimidade.