terça-feira, 28 de dezembro de 2010

FADO NO CALÇA PERRA EM DEZEMBRO.

O meu Amigo Ricardo e a Filipinha, gerentes do Restaurante "Calça Perra" em Tomar, fizeram o favor de me convidar, mais uma vez, para a noite de Fados que mensalmente levam a efeito.
No dia dez de Dezembro lá fui jantar com a minha Paulinha e reencontrar-me com o José Manuel Salles, a Cláudia Zarro, a Dina Mendonça, a Célia Leiria, o Jorge Matos Silva, a Ana Maria, a fadista prêta, a Joana Cota e o Emilio Serra.
O Pedro Amendoeira na guitarra e o Cajé Garcia na viola estiveram imparáveis, "diabólicos, mesmo.
Tempo ainda para reencontrar e reouvir a D. Odete Miranda, há quanto tempo a não via e ouvia.
Acabei por cantar um fadinho, agora ganhei esta mania, e dizer duas ou três poesias.
Foi uma noite bastante gira, também na companhia do Nuno Madeira e do Tozé Cardoso.
























RUI LEMOS, UM ACTOR EM FORMAÇÃO.


O Rui Lemos é um jovem de Riachos que eu conheci há já alguns anos a dançar, ainda muito miúdo, no Rancho Folclórico "Os Camponeses" daquela localidade.
Logo encetámos uma empatia e uma amizade que têm perdurado ao longo deste tempo de conhecimento.
Certa noite, depois de uma representação da Opereta "Campinos, Mulheres e Fado" em Riachos, e vindo ele de uma actuação do Rancho, ligou-me a dizer que precisava de falar comigo.
Confidenciava-me que iria deixar o folclore para se dedicar ao Teatro.
Diz ele: "Quando se muda por amor nada se perde, tudo se ganha. Nada acontece por acaso e, quando realmente conseguimos descobrir o grande amor de uma vida, conseguimos viver muito bem".

O Rui conseguiu entrar na Escola Profissional de Teatro de Cascais e pediu-me para lhe ensinar o poema "Página de Folclore" de António Botto para o dizer numa audição. Fui a sua casa umas três ou quatro vezes. Com facilidade o decorou e com humildade aceitou as minhas, pobres, "lições".
Mais tarde pediu-me para o ir dizer numa apresentação que teria de fazer, na Escola, como aula, levando também a Telma Martinho que com ele dançou o fandango.
O Rui, dedicado também à musica, toca viola e canta num grupo de Riachos, tocou e cantou conjuntamente com João Cachola um tema bem conhecido dos Xutos e Pontapés.
A jovem actriz Jani Zhao contracenou com ele em momentos emotivos de rara beleza.
No final o encenador e professor Carlos Avilez mostrava-se satisfeito pelos progressos alcançados pelo jovem Rui.
Decerto teremos um futuro actor de renome e conceituado, ou não fosse Riachos terra de gente de cultura.
Em frente Rui... porque "não existem coincidências e nada acontece por acaso"









domingo, 26 de dezembro de 2010

FADO NO PEDROGÃO

A convite de Andreia Garcia, animadora do Centro de Apoio Paroquial de Pedrogão (Torres Novas), fui no dia 3 de Dezembro até aquela localidade, anunciado, vejam só como.... fadista. Não me fiz rogado e acabei por cantar dois fadinhos... (ao que parece, com agrado).










sábado, 25 de dezembro de 2010

UM DIA......


Um dia a maioria de nós irá se separar.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos
que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
S...empre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo....
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
- "Quem são aquelas pessoas?"
Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto!
"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente......
Quando o nosso grupo estiver incompleto...reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.
E, entre lágrima abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo.....
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades....
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!


Vinicius de Moraes

FELIZ NATAL





terça-feira, 21 de dezembro de 2010

POESIA NO "TERRA E MAR" EM ABRANTES

Nem sempre temos oportunidade de partilhar momentos de boa poesia, áparte as noites de fado que é poesia cantada, como aconteceu no dia 27 de Novembro. Com excelentes momentos de guitarra clássica, que nos foram oferecidos por José Horta e João Martins, e de poesia nas vozes de Ana Maria Dias e Santana Maia Leonardo.
Fiz uma viagem à poesia erudita de Pessoa e Régio, aos poemas habituais do Ribatejo e ainda a José Carlos Ary dos Santos.
Uma noite para recordar e repetir.
Agradecido à Dora Caldeira pelo convite e ao "Terra e Mar" pela oportunidade.


APÓS 28 ANOS, O REENCONTRO DE UMA VELHA AMIZADE.

No dia 27 de Novembro aconteceu-me uma das coisas mais giras deste ano. Fui reencontrar uma Amiga que já não via há 28 anos (!).
Dizia-me esta minha Amiga uns dias depois: "Bendito Facebook". Assim comparto a sua opinião!
A história é gira e passo a contar....
Certo dia, passeando no Facebook, encontrei, na página de Paula Villaverde, uma amiga comum e de imediato solicitei o pedido de amizade, certo que ela ainda se lembrasse de mim. A Isabel Serra, esse o seu nome, agora arquitecta em Almada, mãe de trigémeos, foi uma das minhas companheiras de férias desses bons tempos de juventude despreocupada e feliz, na praia de S. Pedro de Moel.
Aceite o pedido logo nos dispusémos em trocar mensagens, e-mail's, numeros de telefone e combinámos reencontrar-nos. Um dia ao abrir um dos meus e-mail's deparei-me com duas fotos, que fez o favor de me enviar, e que tinha guardado religiosamente no seu baú das memórias. O que eu me ri ao rever-me, elegante, cheio de cabelo, na sua companhia.
O Rencontro:
Logo calhou que, neste dia memorável 27 de Novembro, ela tivesse um encontro de velhos amigos e eu tivesse sido convidado para uma sessão de poesia, ambos os eventos em Abrantes.
Cheguei perto das 19 horas, estava ela a iniciar uma sopa, que logo abandonou, para me vir cumprimentar. Satisfação enorme, sorriso, beijos e abraços... e uma breve conversa das nossas vidas.... já que a sopa dela, arrefecida, a esperava, e eu teria de ir cumprir com os meus compromissos.
A Isabel, apesar dos anos passados está na mesma, linda e simpática, como sempre o foi. Eu, bem mais velho, careca e gordo...
Este foi um primeiro reencontro de muitos que irão acontecer, estou certo.
Bem hajas tu, Isabel, pela tua Amizade.
Obrigado, muito obrigado.



Em São Pedro de Moel, Agosto de 1982



Em Abrantes, Novembro de 2010